Apenas 5,7% das 608 escolas da rede pública estadual do Rio Grande do Norte tem segurança armada. Ao todo, são 35 unidades de ensino espalhadas entre as cidades de Natal e Mossoró. Após o massacre protagonizada por ex-alunos de uma escola pública da cidade de Suzano, em São Paulo, a Secretaria Estadual de Educação (Seec) estuda maneiras de ampliar a segurança nas instituições públicas potiguares.
Umas das medidas em análise é a ampliação das atividades da Ronda Escolar, que funciona em parceria com a Polícia Militar, e também ações Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Além disso, a pasta vai identificar unidades de ensino consideradas “vulneráveis”, para o reforço da vigilância.
“Esse trabalho de identificação acontecerá em parceria com o Ronda Escolar, que atua na patrulha de nossas escolas e poderá nos fornecer dados e localidades onde é necessária uma atenção maior. Estamos em diálogo para definir quais escolas entrarão no grupo de unidades de ensino que dispõe de vigilância”, detalha o secretário de Educação, Getúlio Marques.
Até março deste ano, segundo informações do Portal de Transparência, o governo estadual pagou R$ 951 mil à empresa RN Segurança, para a locação de mão-de-obra na atividade de vigilância patrimonial.
A discussão sobre a segurança no ambiente escolar ganhou mais força após as mortes ocorridas na escola pública da cidade paulista de Suzano. Na última quarta-feira, 13, cinco alunos e dois funcionários da Escola Estadual Raul Brasil foram assassinados por dois ex-alunos. Além deles, o tio de um dos autores do massacre também foi morto. Por fim, acuados pela Polícia Militar, os dois responsáveis pelos crimes cometeram suicídio.
Além da pequena parcela de escolas com segurança privada, a rede estadual tem apenas 226 escolas com segurança eletrônica. Ou seja, apenas 37% das unidades de ensino tem algum tipo de aparelho de monitoramento das atividades, como câmeras de vigilância e alarmes.
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