O
desejo de ter uma vida longa e produtiva é inerente ao ser humano, mas a
parcela masculina da população ainda falha em um ponto fundamental: o cuidado
com a saúde. Incentivar a prevenção e a proatividade entre os homens ainda é um
desafio para a comunidade médica mundial. Uma pesquisa realizada nos Estados
Unidos pelo laboratório Abbott, em parceria com a ONG Men’s Health Network,
revelou que, de 2 mil homens entrevistados, 52% costumam ir a um médico somente
quando algo precisa ser “consertado”, e 63% relatam que a dor prolongada e
grave é o principal ponto de decisão para uma consulta — vômitos, sangramento
ou coceira não são fatores suficientes para procurarem ajuda.
No
Brasil, apesar do baixo número de pesquisas ligadas à saúde do sexo masculino,
a realidade não é diferente. De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média de expectativa de vida
dos homens brasileiros é sete anos menor que a das mulheres (69,7 anos contra
77,3 anos), que fumam menos, são mais ativas e se alimentam melhor. Além disso,
enquanto elas aprendem desde cedo que é preciso ir regularmente ao
ginecologista, os homens são criados sem um hábito semelhante, ainda que o
ideal seja que, logo ao nascer, o bebê passe por um urologista para checar a
disposição dos testículos e se o pênis teve uma formação adequada. O
acompanhamento deve ser seguido ao longo da adolescência e da fase adulta.
Fonte: Robson Pires
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