Um
fenômeno atípico observado nos últimos meses na Paraíba está preocupando os apicultores
do Estado. Cerca de 70% dos enxames de abelhas abandonaram suas colmeias por
conta da seca que assombra o Sertão, o Cariri, o Curimataú e até o Brejo
paraibano. A estiagem dizimou a florada, o que impõe uma queda de até 60
toneladas na produção anual. Os dados apontam números decrescentes da produção
de mel em algumas cidades, como é o caso de Catolé do Rocha (localizada no
Sertão, a 411 km de João Pessoa). Considerada pelos criadores de abelhas o
município com maior potencial de produção da Paraíba, sua arrecadação em 2012
ainda não ultrapassou a margem de 40 toneladas de mel, número bem inferior aos
anos anteriores, onde os produtores alcançavam a marca de 150 toneladas do
produto anualmente.
Já no Brejo paraibano – região que
tradicionalmente não enfrenta problemas com falta de água -, cerca de 70% dos
enxames abandonaram suas colmeias por conta da seca. Em Bananeiras e cidades
circunvizinhas, que possuem a média de 150 criadores de abelhas, a escassez de
água frustra o desenvolvimento da agricultura, por conta disso, as abelhas não
encontram alimentos para se manterem e saem em busca de sobrevivência. A
confirmação deste fenômeno veio do presidente da Associação Paraibana de
Apicultura, Caetano José de Lima. “As abelhas estão abandonando as colméias
porque não encontram alimentos nas cidades atingidas pela seca. Temos cidades
que das 50 toneladas de mel que produziam por ano, arrecadaram apenas 15, em
2012”.
A imigração e a morte das abelhas devem
influenciar a produção de mel em toda a Paraíba. Estima-se uma queda superior a
80% na produção de mel. São projeções da Cooperativa Regional dos Produtores
Rurais (Coaprodes), sediada em Bananeiras. Em 2011, a Paraíba produziu 303
toneladas de mel, 12,2% a mais do que o ano anterior, segundo a Pesquisa
Municipal Agropecuária do IBGE.
Fonte: Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário